domingo, 30 de abril de 2017

Por que Deus não impediu o Holocausto?

Muitos que perguntam isso são pessoas que sofreram perdas terríveis e buscam não só respostas, mas também consolo. Outros veem o Holocausto como o cúmulo da maldade humana e, por isso, acham difícil acreditar em Deus.

Alguns conceitos equivocados sobre Deus e o Holocausto

Mito: É errado questionar por que Deus permitiu o Holocausto.
Fato: Pessoas de muita fé já questionaram por que Deus permite a maldade. Por exemplo, o profeta Habacuque perguntou a Deus: “Por que me fazes ver tanta maldade? Por que toleras a injustiça? Estou cercado de destruição e violência; há brigas e lutas por toda parte.” (Habacuque 1:3, Bíblia na Linguagem de Hoje) Em vez de repreender Habacuque, Deus fez com que suas perguntas fossem registradas na Bíblia para que todos pudessem ler.
Mito: Deus não se importa com o sofrimento humano.
Fato: Deus odeia a maldade e o sofrimento causado por ela. (Provérbios 6:16-19) Nos dias de Noé, Deus “sentiu-se magoado no coração” por causa da violência que tomava conta da Terra. (Gênesis 6:5, 6) Sem dúvida, Deus também ficou extremamente triste com o que aconteceu no Holocausto. — Malaquias 3:6.
Mito: O Holocausto foi um modo de Deus castigar os judeus.
Fato: É verdade que Deus permitiu que Jerusalém fosse destruída pelos romanos no primeiro século. (Mateus 23:37–24:2) Mas, desde então, Deus não escolhe nenhum povo a fim de mostrar favor ou castigar. Aos olhos de Deus, “não há diferença entre judeus e gentios”. — Romanos 10:12, Nova Versão Internacional.
Mito: Se existisse um Deus amoroso e todo-poderoso, ele teria impedido o Holocausto.
Fato: Embora nunca cause o sofrimento, Deus às vezes permite que ele exista por um tempo. — Tiago 1:13; 5:11.

Por que Deus permitiu o Holocausto?

Deus permitiu o Holocausto pelo mesmo motivo que ele tem permitido todo o sofrimento humano: para resolver questões morais levantadas muito tempo atrás. A Bíblia indica claramente que é o Diabo, e não Deus, quem está governando o mundo. (Lucas 4:1, 2, 6; João 12:31) O artigo relacionado a esse assunto contém uma análise mais completa do motivo de Deus permitir o sofrimento. Mas, por enquanto, veja dois fatos básicos mencionados na Bíblia que podem ajudar a explicar por que Deus permitiu o Holocausto.
  1. O mau uso do livre-arbítrio contribuiu para o Holocausto. Deus informou aos primeiros humanos, Adão e Eva, o que esperava deles, mas não os obrigou a obedecê-lo. Eles escolheram decidir por si mesmos o que era bom e o que era mau. E sua má escolha, bem como outras escolhas parecidas feitas no decorrer da História, trouxe consequências terríveis para a humanidade. (Gênesis 2:17; 3:6; Romanos 5:12) É como disse o livro Statement of Principles of Conservative Judaism (Declaração de Princípios do Judaísmo Conservador): “Grande parte do sofrimento do mundo resulta diretamente do mau uso que fazemos do livre-arbítrio que nos foi concedido.” Em vez de privar os humanos do livre-arbítrio, Deus lhes deu tempo para tentar resolver suas questões por conta própria.
  2. Deus pode e vai desfazer todos os danos causados pelo Holocausto. Deus promete trazer de volta à vida milhões de pessoas que morreram, incluindo vítimas do Holocausto. Ele também vai eliminar a dor que os sobreviventes do Holocausto sentem por causa de suas terríveis lembranças do que aconteceu. (Isaías 65:17; Atos 24:15) O amor de Deus pela humanidade é uma garantia de que ele cumprirá essas promessas. — João 3:16.
Muitos sobreviventes do Holocausto conseguiram manter sua fé e encontrar um objetivo na vida por entender por que Deus permite a maldade e como ele pretende desfazer seus efeitos.

Deus é o culpado pelo nosso sofrimento?

A resposta da Bíblia

A Bíblia deixa bem claro que não. O sofrimento não fazia parte do propósito de Jeová Deus para a humanidade. Mas o primeiro casal humano se rebelou contra a autoridade de Deus, preferindo decidir por si mesmos o que é certo e o que é errado. Eles viraram as costas para Deus e sofreram as consequências.
Hoje estamos sentindo os efeitos dessa péssima escolha. Mas de forma alguma foi Deus quem deu origem ao sofrimento humano.
A Bíblia diz: “Quando posto à prova, ninguém diga: ‘Estou sendo provado por Deus.’ Pois, por coisas más, Deus não pode ser provado, nem prova ele a alguém.” (Tiago 1:13) O sofrimento pode sobrevir a qualquer um, mesmo aos que têm o favor de Deus.

Os desastres naturais são castigo de Deus?

A resposta da Bíblia

A Bíblia não ensina que Deus está por trás dos desastres naturais que acontecem hoje em dia. Os atos de execução dos julgamentos de Deus descritos na Bíblia são muito diferentes dos desastres naturais.
  1. Deus é seletivo. A Bíblia diz que o “homem vê o que aparece aos olhos, mas quanto a Jeová, ele vê o que o coração é”. — 1 Samuel 16:7.
  2. Jeová vê o que há no coração das pessoas e destrói apenas aquelas que ele considera iníquas. — Gênesis 18:23-32.
  3. Antes de agir, ele dá avisos para que quem o escutar possa escapar.
Em contraste, os desastres naturais sobrevêm com pouco ou nenhum aviso e matam e mutilam indiscriminadamente. Até certo ponto, a humanidade faz com que esses desastres sejam piores por danificar o meio ambiente e construir em áreas propensas a terremotos, inundações e condições climáticas extremas.

Como lidar com o fim do namoro?

“Fiquei arrasado quando eu e minha namorada terminamos o namoro. Foi a maior dor que eu já senti na vida.” — Steven.

Você já passou por isso? Então, este artigo pode ajudar você.


 Como a pessoa se sente

O fim do namoro é difícil para os dois.
  • Se foi você quem terminou o namoro, talvez se sinta como Jasmine, que disse: “Foi um peso muito grande pra mim pensar que magoei alguém que eu gostava tanto. Nunca mais quero passar por isso.”
  • Se não foi você quem terminou o namoro, talvez consiga entender porque algumas pessoas comparam o fim de um namoro com a morte de alguém querido. Janet diz: “Eu cheguei a passar pelas fases do luto, que incluem negação, raiva, negociação, depressão e, quase um ano depois, aceitação.”
Conclusão: O fim do namoro pode deixar você muito mal. É como um escritor da Bíblia diz: “O espírito abatido consome as energias da pessoa.” Provérbios 17:22.


 O que você pode fazer



  • Converse com um amigo maduro. A Bíblia diz: “O verdadeiro amigo ama em todos os momentos e se torna um irmão em tempos de aflição.” (Provérbios 17:17) Abrir seu coração para seus pais ou para um amigo maduro pode ajudar você a entender melhor o que aconteceu.
    “Eu só queria ficar sozinha. Não queria conversar com ninguém sobre o que eu tava sentindo. Mas percebi que os amigos realmente ajudam a curar a ferida. Me senti bem mais leve depois que conversei com eles.” — Janet.
  • Aprenda com o que aconteceu. Outro texto da Bíblia diz: “Adquira sabedoria, adquira entendimento.” (Provérbios 4:5) Quando passamos por experiências ruins, como o fim de um namoro, podemos aprender muito sobre nós mesmos e sobre a forma como lidamos com decepções.
  • “Quando terminei o namoro, um amigo me perguntou: ‘O que você aprendeu com esse relacionamento? Como você pode usar o que aprendeu quando for namorar outra pessoa?’” — Steven.

  • Ore. A Bíblia diz: “Lance seu fardo sobre Jeová, e ele amparará você.” (Salmo 55:22) A oração pode ajudar você a lidar com as emoções e ver o fim do namoro por um ângulo diferente.
    “Sempre ore a Jeová. Ele entende a sua dor e conhece todos os lados da história.” — Marcia.
  • Ajude outras pessoas. A Bíblia diz: ‘Busque não somente os seus próprios interesses, mas também os interesses dos outros.’ (Filipenses 2:4) Quanto mais você estiver envolvido em ajudar outras pessoas, mais rápido você vai conseguir enxergar o fim do namoro com outros olhos.
    “O fim do namoro até parece o fim do mundo. Dói muito. Mas descobri que depois passa. Eu só precisava dar tempo ao tempo.” — Evelyn.

domingo, 23 de abril de 2017

Quando seu filho tem uma deficiência

CARLOS: * “Nosso filho, Ângelo, tem síndrome de Down. Sua doença nos esgota em sentido físico, mental e emocional. Imagine a energia necessária para cuidar de uma criança saudável e multiplique isso por cem. Às vezes, nosso casamento sofre.”
MARIA: “É preciso persistência e muita paciência para ensinar as coisas mais simples ao Ângelo. Quando estou muito cansada, eu me irrito facilmente e perco a paciência com meu marido, Carlos. Às vezes, nós discordamos em alguns assuntos e acabamos discutindo.”
Lembra-se do dia em que seu filho nasceu? Você com certeza não via a hora de segurar seu bebê. Para pais como Carlos e Maria, porém, a alegria vem acompanhada de ansiedade quando recebem a notícia de que seu filho tem uma doença crônica ou uma deficiência.
Você tem um filho deficiente? Pode ser que se pergunte como lidar com essa situação. Mas não se desespere. Muitos pais têm conseguido se sair bem. Veja três desafios que você talvez enfrente e como os sábios conselhos da Bíblia podem ajudá-lo.

DESAFIO 1: VOCÊ ACHA DIFÍCIL ACEITAR A SITUAÇÃO.

Muitos pais ficam arrasados ao descobrir que seu filho tem uma doença incurável. “Não pude acreditar quando os médicos me disseram que nosso filho, Santiago, tinha paralisia cerebral”, disse Juliana, do México. “Parecia que o mundo havia desabado sobre mim.” Outros talvez se sintam como  Villana, da Itália, que disse: “Decidi ter um filho mesmo sabendo que isso era arriscado na minha idade. Agora me sinto culpada ao ver meu filho sofrer por causa da síndrome de Down.”
Se você se sente culpado ou desanimado, reconheça que essa reação é normal. As doenças não faziam parte do propósito original de Deus. (Gênesis 1:27, 28) Ele não criou os pais com a capacidade de aceitar como natural que seu filho esteja doente. Em certo sentido, é como se você ficasse “de luto” pelo que foi perdido — a saúde de seu filho. Leva tempo para aprender a lidar com essas emoções e se adaptar à nova situação.
E se você se sente responsável pela deficiência de seu filho? Lembre-se de que ninguém entende plenamente como fatores genéticos, ambientais e outros afetam a saúde de uma criança. Por outro lado, você talvez se sinta inclinado a culpar seu cônjuge. Resista a essa tendência. Seria melhor cooperar com ele e se concentrar em cuidar de seu filho. — Eclesiastes 4:9, 10.
SUGESTÃO: Aprenda sobre a doença de seu filho. A Bíblia diz: “É preciso sabedoria para ter uma boa família e entendimento para torná-la forte.” — Provérbios 24:3, New Century Version.
Você pode aprender muito por consultar profissionais da área de saúde e publicações confiáveis. Pode-se comparar esse processo a aprender um novo idioma. No início é difícil, mas você consegue.
Carlos e Maria, já citados, consultaram seu médico e uma organização especializada na doença de seu filho. Eles disseram: “Isso nos ajudou a entender não só os problemas que podíamos esperar, mas também os aspectos ‘positivos’ da síndrome de Down. Vimos que nosso filho poderia levar uma vida normal em muitos sentidos. Isso nos consolou muito.”
TENTE O SEGUINTE: Concentre-se no que seu filho pode fazer. Planeje atividades em família. Quando ele conseguir nem que seja uma pequena “vitória”, não hesite em elogiá-lo e alegrar-se com ele.

DESAFIO 2: VOCÊ SE SENTE EXAUSTO E SOLITÁRIO.

Você talvez tenha a impressão de que cuidar de seu filho doente consome toda a sua energia. Jenney, da Nova Zelândia, disse: “Por alguns anos, depois que meu filho foi diagnosticado com espinha bífida, eu ficava exausta e propensa a chorar quando tentava fazer qualquer outra tarefa além de cuidar dele.”
Também pode ser que você se sinta solitário. Ben tem um filho que sofre de distrofia muscular e síndrome de Asperger. Ele disse: “A maioria das pessoas nunca entenderá realmente o que você passa.” É provável que você sinta necessidade de conversar com alguém. Mas, como a maioria de seus amigos tem filhos saudáveis, você talvez relute em se abrir com eles.
SUGESTÃO: Peça ajuda. E, quando outros a oferecerem, aceite. Juliana, já citada, admite: “Às vezes, eu e meu marido ficávamos sem graça de pedir ajuda.” Mas ela continua: “Aprendemos que ninguém é autossuficiente. Quando outros nos ajudam, não nos sentimos tão sozinhos.” Se um amigo achegado ou parente se oferecer para se sentar com seu filho num evento social ou numa reunião cristã, aceite de bom grado. Um provérbio bíblico diz: “O verdadeiro companheiro está amando todo o tempo e é um irmão nascido para quando há aflição.” — Provérbios 17:17.
Cuide de sua própria saúde. Do mesmo modo que uma ambulância precisa ser abastecida regularmente para continuar levando pacientes ao hospital, você precisa recarregar suas energias para continuar dando a seu filho os cuidados que ele merece. Assim, alimente-se bem, faça exercícios e descanse o suficiente. Javier, que tem um filho paraplégico, disse: “Meu filho não pode andar, então preciso me alimentar bem. Afinal, sou eu que o levo para todo lugar. Os meus pés são os pés dele!”
Como encontrar tempo para cuidar de sua saúde? Alguns pais se revezam em cuidar do filho, permitindo assim que um deles descanse ou cuide de outras necessidades pessoais. É preciso tirar tempo de atividades não essenciais, e pode ser um desafio equilibrar as coisas. Mas, como disse Mayuri, uma mãe na Índia, “com o tempo você consegue estabelecer uma rotina”.
Converse com um amigo de confiança. Mesmo aqueles que não têm filhos doentes podem escutá-lo com empatia. Você também pode orar a Jeová  Deus. Mas orar realmente ajuda? Yazmin, que tem dois filhos com fibrose cística, admite: “Já passei por momentos tão difíceis que achei que não aguentaria mais.” Mas ela continua: “Depois de orar a Jeová pedindo alívio e forças, me sinto mais preparada para prosseguir.” — Salmo 145:18.
TENTE O SEGUINTE: Reavalie seus hábitos de alimentação, exercícios e descanso. Identifique atividades menos importantes que poderia deixar de lado para cuidar de sua saúde. Periodicamente, ajuste sua programação conforme necessário.

DESAFIO 3: VOCÊ DÁ MAIS ATENÇÃO A SEU FILHO DOENTE DO QUE AOS OUTROS MEMBROS DA FAMÍLIA.

A doença de um filho pode afetar o que a família come, aonde ela vai e quanto tempo os pais dedicam a cada um dos filhos. Em resultado, os outros filhos podem se sentir negligenciados. Além disso, os pais podem ficar tão ocupados cuidando do filho doente que o casamento sofre. Lionel, da Libéria, disse: “Às vezes, minha esposa diz que eu não faço quase nada para ajudar e não dou a mínima para nosso filho. Eu me sinto menosprezado, e já aconteceu de eu responder de modo rude.”
SUGESTÃO: Para garantir a seus filhos que você se interessa por todos eles, planeje atividades que eles gostem. “De vez em quando, nós fazemos algo especial para nosso filho mais velho”, diz Jenney, já citada, “mesmo que seja apenas almoçar em seu restaurante preferido”.
Mostre interesse em todos os seus filhos
A fim de preservar seu casamento, converse e ore com seu cônjuge. Aseem, que mora na Índia e tem um filho que sofre de convulsões, disse: “Eu e minha esposa às vezes nos sentimos exaustos e frustrados, mas sempre tiramos tempo para conversar e orar juntos. Toda manhã, antes de nossos filhos acordarem, passamos um tempo juntos considerando um versículo da Bíblia.” Outros casais conversam a sós antes de dormir. Suas conversas em particular e orações sinceras fortalecerão seu casamento nos períodos de maior estresse. (Provérbios 15:22) Certo casal disse: “Alguns dos melhores momentos de nossa vida aconteceram nos dias mais difíceis.”
TENTE O SEGUINTE: Elogie seus outros filhos por qualquer apoio que deem a seu filho doente. Sempre expresse seu amor e apreço por eles e por seu cônjuge.

NÃO PERCA O OTIMISMO

A Bíblia promete que Deus em breve acabará com todas as doenças e deficiências que afligem pessoas de todas as idades. (Revelação [Apocalipse] 21:3, 4) Nesse tempo, “nenhum residente dirá: ‘Estou doente.’” * — Isaías 33:24.
Enquanto isso, você pode ser bem-sucedido em cuidar de seu filho deficiente. “Não fique desanimado quando parecer que está dando tudo errado”, dizem Carlos e Maria, já citados. “Concentre-se nas qualidades maravilhosas de seu filho, porque elas são muitas.”

PERGUNTE-SE . . .

  • O que eu faço para cuidar bem de minha saúde física, emocional e espiritual?
  • Quando foi a última vez que elogiei meus outros filhos pela ajuda que eles dão?

Lidar com dívidas

Giannis: * “Meu negócio faliu durante a crise financeira na Grécia. Por isso, não podíamos pagar a casa e as dívidas do cartão de crédito. Fiquei tão estressado que não conseguia dormir.”
Katerina: “Nós havíamos construído nosso lar com amor e dedicação, e eu simplesmente não aceitava a ideia de perder tudo. Eu e Giannis brigávamos o tempo todo sobre como lidar com nossas dívidas.”
AS DÍVIDAS podem desgastar ou até destruir uma família. O pesquisador Jeffrey Dew constatou que casais com dívidas passam menos tempo juntos, brigam mais e são menos felizes. As brigas por causa de dívidas e finanças duram mais, geram mais gritaria e agressões e acabam afetando outros assuntos. Assim, não é de surpreender que muitos divórcios ocorram por causa de desentendimentos relacionados ao dinheiro.
Dívidas em excesso também causam problemas de saúde, como insônia, dores de cabeça, dores de estômago, ataques cardíacos e depressão. Uma mulher chamada Marta diz: “Meu marido ficou tão deprimido por causa de nossas dívidas que passava o dia dormindo. O homem com quem eu sempre contava estava agora sem saber o que fazer.” Para alguns, o estresse se torna insuportável. Por exemplo, a BBC News noticiou que, no sudeste da Índia, uma mulher casada cometeu suicídio por não conseguir pagar empréstimos num valor equivalente a 840 dólares. Ela tinha pedido o dinheiro emprestado para pagar o tratamento médico de seus filhos.
Sua família está sobrecarregada com dívidas? Vamos considerar os desafios que muitos casais  enfrentam e alguns princípios bíblicos que poderão ajudar vocês a lidar com as dívidas.

DESAFIO 1: Nós colocamos a culpa um no outro.

“Eu acusava minha esposa de desperdiçar dinheiro”, admite Lucas, “e ela dizia que, se eu tivesse trabalho o ano inteiro, teríamos dinheiro suficiente”. Como um casal pode evitar que as dívidas os afastem um do outro?

O que fazer: Trabalhem em equipe contra a dívida.

Não adianta nada despejar sua raiva em seu cônjuge, mesmo que a dívida não seja culpa sua. Nessas situações, é ainda mais importante aplicar o conselho de Efésios 4:31: “Sejam tirados dentre vós toda a amargura maldosa, e ira, e furor, e brado, e linguagem ultrajante, junto com toda a maldade.”
Lutem contra a dívida, não um contra o outro. Um homem chamado Stephanos descreve como ele e a esposa trabalharam em equipe: “Nós encarávamos nossa dívida como um inimigo em comum.” Essa cooperação está em harmonia com Provérbios 13:10, que diz: “Há sabedoria com os que se consultam mutuamente.” Em vez de tentar resolver as coisas sozinho, converse de modo franco com seu cônjuge sobre os problemas financeiros e, então, trabalhem em união.
Seus filhos também podem ajudar. Edgardo, que mora na Argentina, conta algo que aconteceu a sua família: “Meu filho queria uma bicicleta nova, mas explicamos por que não podíamos comprá-la. Então, nós lhe demos uma bicicleta que havia sido de seu avô, e ele gostou muito dela. Aprendi a importância de trabalharmos juntos como família.”
TENTEM O SEGUINTE: Tirem tempo para conversar de modo franco e calmo sobre suas dívidas. Reconheçam quaisquer erros que tenham cometido. Mas, em vez de se prenderem ao passado, decidam juntos que princípios seguirão ao tomar futuras decisões financeiras. — Salmo 37:21; Lucas 12:15.

DESAFIO 2: Parece impossível saldar nossas dívidas.

“Eu tinha muitas dívidas por causa de meu negócio, e a situação piorou com a crise financeira na Argentina. Depois, minha esposa precisou fazer uma cirurgia”, lembra Enrique. “Eu achava que nunca conseguiria saldar minhas dívidas e me sentia como que preso numa teia de aranha.” Roberto, do Brasil, perdeu todas as economias num negócio arriscado e ficou devendo a 12 bancos. Ele diz: “A vergonha era tanta que eu quase não conseguia olhar para meus amigos. Eu me sentia um fracassado.”
Como lidar com sentimentos de desânimo, culpa ou vergonha por causa de suas dívidas?

O que fazer: Assumam o controle de suas finanças.

 *
1. Calculem seu orçamento atual. Registrem todo o dinheiro que entra e sai durante duas semanas — ou um mês, se for mais prático. Anotem gastos que podem ocorrer com menos frequência, como impostos, seguros e roupas, e dividam o total pelos meses do ano.
2. Aumentem seus ganhos. Isso talvez envolva fazer horas extras, realizar serviços temporários, dar aulas particulares, cozinhar para fora ou fazer trabalhos manuais. Uma palavra de cautela: Cuidado para que o trabalho não prejudique atividades mais importantes, como sua rotina espiritual.
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Como família, procurem maneiras práticas de lidar com as dívidas
3. Reduzam seus gastos. Comprem um item apenas se for necessário, não só porque está em promoção. (Provérbios 21:5) Enrique, já citado, diz: “Esperar para comprar uma coisa é bom, pois ajuda a ver se você realmente precisa dela ou se apenas deseja comprá-la.” Vejam outras sugestões:
  • Moradia: Se possível, mudem-se para uma casa com um pagamento mensal menor. Economizem eletricidade, água e gás.
  •   Alimentação: Em vez de sempre comer fora, preparem um lanche ou marmita. Fiquem atentos a ofertas e descontos especiais na compra de alimentos. “Eu aproveito o fim da feira para comprar frutas e legumes mais baratos”, diz Joelma, do Brasil.
  • Transporte: Se tiverem carro, avaliem se realmente precisam dele. E, se decidirem continuar com ele, façam manutenção em vez de pensar logo em trocá-lo por um modelo mais novo. Usem o transporte público ou, sempre que possível, andem a pé.
Após reduzirem seus gastos, vocês estarão prontos para fazer o melhor uso possível do dinheiro economizado.
4. Analisem suas dívidas e tomem ação. Primeiro, para cada dívida, identifiquem a taxa de juros e os encargos, avaliem as consequências de pagar uma prestação com atraso ou de não pagá-la e verifiquem se o pagamento já não está atrasado. Leiam com atenção o contrato de empréstimo ou as faturas, visto que os credores podem tentar enganar. Por exemplo, certo serviço de empréstimos de curto prazo nos Estados Unidos dizia que a taxa de juros era de 24%, quando na verdade era de mais de 400%.
Em seguida, determinem a ordem em que pagarão as dívidas. Uma possibilidade é pagar primeiro a dívida com a maior taxa de juros. Outra opção é liquidar primeiro as dívidas menores, pois receber menos cobranças todo mês talvez os deixem mais motivados. Se tiverem empréstimos com alta taxa de juros, talvez seja melhor fazer outro empréstimo, com uma taxa de juros menor, para pagar os anteriores.
Por fim, se perceberem que não conseguirão pagar suas obrigações, tentem negociar novos planos de pagamento com seus credores. Talvez possam pedir uma extensão no prazo ou uma taxa de juros menor. Pode ser que alguns credores estejam até dispostos a reduzir a dívida se o restante for pago imediatamente. Sejam honestos e educados ao explicar sua situação. (Colossenses 4:6; Hebreus 13:18) Coloquem quaisquer acordos por escrito. Mesmo que seu primeiro pedido seja rejeitado, não desistam de continuar pedindo um reajuste, se necessário. — Provérbios 6:1-5.
Naturalmente, vocês precisarão ser realistas ao administrar suas finanças. Mesmo o melhor plano pode não dar certo por causa de fatores que fogem ao seu controle. Como diz a Bíblia, o dinheiro muitas vezes ‘faz para si asas como as da águia e sai voando em direção aos céus’. — Provérbios 23:4, 5.
TENTEM O SEGUINTE: Depois de elaborarem um orçamento inicial, conversem sobre como todos podem reduzir os gastos ou aumentar os ganhos da família. Observar os   sacrifícios uns dos outros os ajudará a se unir na luta contra as dívidas.

DESAFIO 3: Não conseguimos parar de pensar nas dívidas.

A luta contra as dívidas pode sufocar aspectos mais importantes da vida. É como disse certo homem, chamado Georgios: “O maior problema era que toda a nossa vida girava em torno das dívidas. Assuntos que deviam ter prioridade ficavam em segundo plano.”

O que fazer: Mantenham o dinheiro em seu devido lugar.

Apesar de seus melhores esforços, é possível que vocês continuem pagando a seus credores por muitos anos. Mas vocês poderão escolher como encarar suas circunstâncias. Em vez de ficarmos obcecados com o dinheiro ou a falta dele, faremos bem em acatar o conselho da Bíblia: “Tendo sustento e com que nos cobrir, estaremos contentes com estas coisas.” — 1 Timóteo 6:8.
[Foto na página 21]
Estar contente com o que se tem resulta numa alegria que os bens materiais não podem dar
Por estarem contentes com sua situação financeira, vocês poderão ‘se certificar das coisas mais importantes’. (Filipenses 1:10) Elas incluem sua relação com Deus e com sua família. Georgios, já citado, diz: “Embora ainda tenhamos algumas dívidas, elas não são mais o foco de nossa vida. Hoje nosso casamento é mais feliz porque gastamos mais tempo com nossos filhos, um com o outro e em atividades espirituais juntos.”
TENTEM O SEGUINTE: Ponham por escrito as coisas que são realmente valiosas para vocês e que o dinheiro não pode comprar. Depois, pensem em como poderão dedicar mais tempo e energia a cada uma delas.
Problemas com dívidas geram muito estresse, e lidar com eles exige sacrifícios, mas os resultados valem a pena. Andrei, da Polônia, admite: “Quando eu soube que minha esposa havia emprestado bastante dinheiro a uma colega de trabalho, que desapareceu sem pagar, o ambiente em nossa casa ficou tenso, para dizer o mínimo.” No entanto, relembrando como ele e sua esposa reagiram, ele diz: “Na verdade, nós ficamos mais unidos, não pelo problema em si, mas por trabalharmos juntos para resolvê-lo.”

PERGUNTE-SE . . .

  • Como posso ajudar minha família a saldar nossas dívidas?
  • Como podemos evitar que as dívidas dominem, ou até mesmo destruam, nosso relacionamento?

Como fazer seu segundo casamento dar certo

HERMAN: * “Minha primeira esposa faleceu de câncer após 34 anos de casamento. Quando me casei de novo, minha esposa Linda achava que eu sempre fazia comparações entre ela e minha primeira esposa. Para piorar a situação, meus amigos às vezes falavam das boas qualidades da minha primeira esposa. Isso deixava Linda aborrecida.”
LINDA: “Depois que eu e Herman nos casamos, eu sentia que jamais estaria à altura de sua primeira esposa. Ela era muito querida, amável e inteligente. Às vezes me pergunto se algum dia nós dois seremos tão apegados quanto ela e meu marido foram.”
Herman e Linda estão felizes de terem se encontrado. Linda, que se divorciou de seu primeiro marido, até mesmo chama Herman de seu “príncipe encantado”. Mas, como eles mesmos reconhecem, um segundo casamento pode ter desafios que nunca existiram no primeiro casamento. *
Se você se casou de novo, como se sente em relação ao seu segundo casamento? Tamara, que se casou de novo três anos depois de seu divórcio, diz: “Quando se casa pela primeira vez, você tem aquele sentimento especial de que seu casamento vai durar para sempre. Mas aí, num segundo casamento, talvez não se sinta assim, pois sempre se lembra de que o primeiro não deu certo.”
No entanto, muitas pessoas conseguiram ser felizes depois de se casar de novo. Elas fizeram seu casamento dar certo, e você também pode!  Como? Vejamos três desafios comuns e como os princípios bíblicos podem ajudar. *

DESAFIO 1: IMPEDIR QUE AS LEMBRANÇAS DE UM CASAMENTO ANTERIOR AFETEM SEU CASAMENTO ATUAL.

“Não dá para simplesmente apagar as lembranças do meu primeiro casamento, ainda mais quando viajamos para os mesmos lugares onde eu e meu ex-marido costumávamos passar as férias”, diz Ellen, que mora na África do Sul. “Às vezes, acabo comparando meu marido com meu ex-marido.” Por outro lado, se seu cônjuge já foi casado, você pode ficar ressentido se ele ou ela sempre fala sobre o casamento anterior.

Crie novas lembranças que unam vocês como casal
SUGESTÃO: Aceite o fato de que não é realístico esperar que você ou o cônjuge esqueçam o primeiro casamento, em especial se ele durou muitos anos. Alguns dizem que sem querer já chamaram o cônjuge pelo nome do ex-cônjuge. Como você pode lidar com situações assim? “Procurem entender um ao outro”, aconselha a Bíblia. — 1 Pedro 3:8, New Century Version.
Não proíba, por ciúmes, qualquer menção ao primeiro casamento. Se seu cônjuge sente necessidade de falar de algo relacionado ao ex-cônjuge, ouça com empatia e compaixão. Além disso, não conclua precipitadamente que você está sendo comparado. “Falar sobre minha ex-esposa nunca foi problema para minha esposa, Kaitlyn”, diz Ian, que se casou de novo há dez anos. “Pelo contrário, ela via isso como oportunidade de entender como me tornei a pessoa que sou hoje.” Você pode até mesmo descobrir que esse tipo de conversa ajuda a aproximar você e seu cônjuge.
Concentre-se nas qualidades positivas do cônjuge atual. É verdade que seu cônjuge talvez não possua as mesmas qualidades ou habilidades que o ex-cônjuge. Mas seu cônjuge provavelmente se sai muito bem em outras áreas. Por isso, fortaleça a base de seu casamento atual, “não em comparação com outra pessoa”, mas por pensar no que mais gosta em seu cônjuge. (Gálatas 6:4) Edmond, que se casou duas vezes, coloca a questão desta maneira: “Assim como não há duas amizades iguais, também não há dois casamentos iguais.”
Então, como conciliar as lembranças agradáveis do primeiro casamento com a vida que você começou com seu novo cônjuge? “Uma vez expliquei à minha esposa que meu primeiro casamento foi como um belo livro escrito por mim e minha ex-esposa”, diz Jared. “De vez em quando, eu posso abrir e ler esse livro e me lembrar dos bons momentos que passamos. Mas eu e minha esposa estamos escrevendo nosso próprio livro juntos, e sou feliz na vida que tenho agora.”
TENTE O SEGUINTE: Pergunte ao seu cônjuge se ele às vezes se sente incomodado quando surge algum assunto relacionado ao primeiro casamento. Tente perceber quando seria melhor não falar sobre o casamento anterior.

DESAFIO 2: INTERAGIR COM SEUS AMIGOS QUE NÃO CONHECEM BEM SEU NOVO CÔNJUGE.

“Por um bom tempo depois de nosso casamento, minha esposa achava que alguns dos meus amigos a estavam avaliando”, diz Javier, que se casou novamente seis anos depois de seu divórcio. Leo enfrentou uma situação diferente. Ele explica: “Algumas pessoas diziam à minha esposa o quanto gostavam do ex-marido dela, e isso bem na minha frente!”
SUGESTÃO: Tente se colocar no lugar de seus amigos. “Penso que os amigos às vezes acham muito difícil e estranho se associar só com a metade do casal que conheciam”, diz Ian, já citado. Então, ‘seja razoável, exibindo toda a brandura para com todos’. (Tito 3:2) Dê tempo para seus amigos e familiares se adaptarem. Seu casamento mudou, e suas amizades podem mudar também. Javier, já mencionado, diz que com o passar do tempo ele e sua esposa voltaram a ter  contato com velhos amigos. Ele acrescenta: “Mas também tentamos fazer novos amigos como casal, e isso nos ajuda muito.”
Leve em conta os sentimentos de seu cônjuge quando estiver com seus amigos. Por exemplo, se surgir um assunto relacionado ao seu primeiro casamento, use de tato e bom senso para que seu cônjuge não se sinta excluído. Um provérbio bíblico diz: “Se uma pessoa fala palavras sem pensar, então essas palavras podem ferir como uma espada. Mas uma pessoa sábia é cuidadosa com o que fala. Suas palavras podem curar esses ferimentos.” — Provérbios 12:18, Holy Bible—Easy-to-Read Version.
TENTE O SEGUINTE: Preveja situações que podem ser embaraçosas. Com antecedência, considere com seu cônjuge a melhor maneira de lidar com perguntas e comentários de seus amigos sobre um primeiro casamento.

DESAFIO 3: CONFIAR EM SEU NOVO CÔNJUGE SE SEU EX-CÔNJUGE FOI INFIEL.

“Eu tinha muito medo de ser traído de novo”, diz Andrew, cuja esposa o deixou. Mais tarde, ele se casou com Riley. “Muitas vezes eu me perguntava se poderia ser um marido tão bom quanto o ex-marido de Riley. Eu ficava imaginando que algum dia ela iria me trocar por outro.”
SUGESTÃO: Não tenha medo de expressar suas preocupações. “Há frustração de planos quando não há palestra confidencial”, diz a Bíblia. (Provérbios 15:22) Aplicar esse princípio ajudou Andrew e Riley a confiar um no outro. Andrew comenta: “Eu disse a Riley que eu nunca recorreria ao divórcio como uma saída fácil para os problemas, e ela me garantiu o mesmo. Com o tempo, passei a ter plena confiança nela.”
Se o seu cônjuge foi traído no casamento anterior, faça tudo o que puder para ganhar a confiança dele. Por exemplo, Michel e Sabine, cujos primeiros casamentos terminaram em divórcio, combinaram que contariam um ao outro se tivessem qualquer contato com seu respectivo ex-cônjuge. “Isso nos ajudou a nos sentir seguros”, diz Sabine. — Efésios 4:25.
TENTE O SEGUINTE: Estabeleça limites quanto a falar em particular com alguém do sexo oposto, seja pessoalmente, seja por telefone ou pela internet.
Muitos que se casaram pela segunda vez foram bem-sucedidos, e você também pode ser. Afinal, você provavelmente se conhece melhor do que quando se casou pela primeira vez. “Eu me sinto muito feliz em meu casamento com Riley”, diz Andrew, já mencionado. “Após 13 anos de casados, somos muito unidos — e jamais abriremos mão disso.”

PERGUNTE-SE . . .

  • Que qualidades do meu cônjuge eu mais valorizo?
  • Se surgir um assunto relacionado ao meu primeiro casamento, como posso lidar com isso de uma maneira que tranquilize e dignifique meu cônjuge atual?

Preparar os adolescentes para a vida adulta

“No passado, conversar com meus filhos era agradável. Eles me ouviam com atenção e acatavam prontamente o que eu dizia. Mas agora que são adolescentes, tudo é motivo de discussão. Eles até questionam nossa rotina espiritual. ‘A gente tem mesmo de falar da Bíblia?’, perguntam. Antes de meus filhos atingirem a puberdade, nunca imaginei que isso aconteceria com minha família — mesmo vendo isso acontecer com outras.” — Renato. *
VOCÊ tem filhos adolescentes? Caso tenha, está presenciando uma das fases mais fascinantes do desenvolvimento de seu filho. Mas também pode ser uma das mais estressantes. As seguintes situações soam familiares?
  • Quando seu filho era mais novo, ele era como um barco amarrado ao cais — você. Agora adolescente, ele está puxando a corda, ansioso para zarpar, e você tem a sensação de que não foi convidado a entrar a bordo.
  • Quando era criança, sua filha lhe contava tudo. Agora adolescente, ela formou um ‘clube social’ com as amigas, e você sente que não tem permissão para entrar.
Se algo parecido está acontecendo na sua família, não conclua logo que seu filho está se tornando um rebelde incorrigível. Então, o que está acontecendo? Para responder a essa pergunta vejamos a importância da adolescência no desenvolvimento de seu filho.

Adolescência — um marco importante

Do nascimento em diante, a vida da criança é cheia de novidades — os primeiros passos, a primeira palavra, o primeiro dia de escola, só para mencionar algumas. Os pais ficam contentes cada vez que o filho atinge um marco importante, pois é evidência de algo que eles anseiam ver — o crescimento dele.
A adolescência também é um marco importante — embora alguns pais talvez não comemorem sua chegada. Essa apreensão é natural. Afinal, que pai ou mãe ficam contentes ao ver um filho obediente se transformar num adolescente mal-humorado? Ainda assim, a adolescência é uma fase vital do desenvolvimento de uma pessoa. De que maneira?
A Bíblia diz que, com o tempo, “o homem deixará seu pai e sua mãe”. (Gênesis 2:24) A adolescência é uma fase essencial para preparar seu filho ou sua filha para esse dia triste e ao mesmo tempo alegre. Nessa ocasião, seu filho deve poder dizer, assim como o apóstolo Paulo: “Quando eu era pequenino, costumava falar como pequenino, pensar como pequenino, raciocinar como pequenino; mas agora que me tornei homem, eliminei as características de pequenino.” — 1 Coríntios 13:11.
Basicamente, isto é o que seu filho está fazendo na adolescência: deixando de lado as características da infância e aprendendo a se tornar um jovem adulto responsável, independente e maduro o suficiente para sair de casa. De fato, uma  obra de referência, de forma tocante, descreve a adolescência como “uma longa despedida”.
É verdade que no momento você talvez não consiga imaginar seu “menino”, ou “menina”, se tornando independente. Pode ser que se pergunte:
  • “Se meu filho não consegue nem sequer manter seu quarto limpo, como ele vai conseguir cuidar de uma casa?”
  • “Se minha filha não consegue ser responsável nem para cumprir o horário de chegar em casa, como ela vai ser responsável para manter um emprego?”
Se esse é o tipo de preocupação que você tem, lembre-se do seguinte: a independência não é uma porta que seu filho simplesmente atravessa; é uma estrada em que ele anda, e demora anos para terminar a viagem. Mas, por enquanto, você sabe pelo que vê que “a tolice está ligada ao coração do rapaz” — ou da moça. — Provérbios 22:15.
No entanto, com orientação apropriada, seu filho provavelmente emergirá da adolescência como um jovem adulto responsável e com “suas faculdades perceptivas treinadas para distinguir tanto o certo como o errado”. — Hebreus 5:14.

Como ser bem-sucedido

Se seu filho ou filha adolescente estão mostrando que são responsáveis, será que você pode lhes dar mais liberdade?
Para preparar seu filho adolescente para a vida adulta, você precisa ajudá-lo a desenvolver a “faculdade de raciocínio”. Assim, ele será capaz de tomar boas decisões por si mesmo. * (Romanos 12:1, 2) Os seguintes princípios bíblicos ajudarão você a fazer isso.
Filipenses 4:5: “Seja a vossa razoabilidade conhecida.” Seu filho faz um pedido, talvez para chegar um pouco mais tarde em casa. Você diz logo que não. Seu filho reclama: “Você me trata como criança!” Antes de responder “Mas você está agindo como criança!”, pense no seguinte: os adolescentes normalmente exigem mais liberdade do que conseguem administrar, mas os pais talvez deem menos liberdade do que poderiam conceder. Será que você poderia fazer uma concessão de vez em quando? O que acha de pelo menos levar em consideração o ponto de vista de seu filho?
TENTE O SEGUINTE: Escreva num papel um ou dois campos em que você talvez possa conceder um pouco mais de liberdade a seu filho adolescente. Diga que ele vai ter essa liberdade durante um período. Se ele a usar de forma responsável, com o tempo receberá mais. Se não, a liberdade que ganhou será restringida. — Mateus 25:21.
Colossenses 3:21: “Pais, não fiquem irritando seus filhos. Se vocês forem muito difíceis de agradar, eles talvez desistam de tentar fazer isso.” — International Children’s Bible (Bíblia Internacional das Crianças). Alguns pais tentam controlar cada detalhe da vida do filho. Para mantê-lo na linha, só falta trancá-lo em casa. Escolhem os amigos dele e escutam às escondidas suas ligações telefônicas. Mas essas táticas podem sair pela culatra. Restringi-lo demais talvez faça com que ele tenha vontade de escapar; criticar constantemente seus amigos pode atraí-lo mais a eles; ouvir às escondidas suas conversas pode levá-lo a procurar maneiras de falar com os amigos sem você saber. Quanto mais tenta controlar, menos controle acaba tendo. Veja bem, se seu filho adolescente nunca aprender a tomar decisões por si mesmo enquanto mora com você, como ele será capaz de fazer isso quando sair de casa?
TENTE O SEGUINTE: A próxima vez que falar com seu filho sobre um assunto, ajude-o a ver como as escolhas que ele faz afetam a vida dele. Por exemplo, em vez de criticar seus amigos, diga: “E se [nome do amigo] fosse preso por violar a lei? Que imagem as pessoas fariam de você?” Ajude seu filho a ver que as escolhas que ele faz podem ter um efeito negativo ou positivo na reputação dele. — Provérbios 11:17, 22; 20:11.
 Efésios 6:4: “Não estejais irritando os vossos filhos, mas prossegui em criá-los na disciplina e na regulação mental de Jeová.” A expressão “regulação mental” refere-se a algo mais do que apenas transmitir fatos. Envolve um apelo ao senso moral do filho, de modo a influenciar as ações dele. Isso é ainda mais importante quando o filho se torna adolescente. Um pai chamado André diz: “À medida que seus filhos crescem, você precisa ajustar a sua abordagem; precisa raciocinar mais com eles.” — 2 Timóteo 3:14.
TENTE O SEGUINTE: Quando houver uma diferença de opinião, tente inverter os papéis. Pergunte a seu filho adolescente que conselho ele daria se você fosse o filho. Peça que ele faça uma pesquisa e mostre argumentos a favor — ou contra — a opinião dele. Combinem falar sobre o assunto dentro de uma semana.
Gálatas 6:7: “O que o homem semear, isso também ceifará.” Pode-se usar um castigo para ensinar uma criança — talvez mandando ela ficar no quarto ou não a deixando fazer uma coisa que gosta. No caso de um adolescente, é melhor pensar em termos de consequências. — Provérbios 6:27.
TENTE O SEGUINTE: Não salve a pele do seu filho, pagando suas dívidas ou dando desculpas aos professores quando ele tira nota baixa. Deixe-o sofrer as consequências, e a lição servirá para a vida toda.
Como pais, vocês talvez quisessem que a adolescência fosse como uma pista em que seu filho de forma rápida e eficaz acelerasse e levantasse voo para a vida adulta. Mas essa decolagem dificilmente é suave. Ainda assim, a adolescência de seu filho é uma oportunidade maravilhosa para você ‘educar o rapaz segundo o caminho que é para ele’. (Provérbios 22:6) Os princípios da Bíblia são uma base sólida sobre a qual você pode edificar a felicidade de sua família.

PERGUNTE-SE . . .

Quando meu filho ou minha filha saírem de casa, será que vão ser capazes de fazer as seguintes coisas?
  • ter uma rotina espiritual regular
  • fazer boas escolhas e tomar boas decisões
  • comunicar-se de forma eficiente com outros
  • cuidar da saúde
  • administrar suas finanças
  • limpar e manter uma casa ou apartamento
  • fazer as coisas por iniciativa própria

sábado, 15 de abril de 2017

Se eu estudar a Bíblia com uma Testemunha de Jeová, vou ter que mudar de religião?

Não, você não é obrigado a mudar de religião. Milhões de pessoas com quem estudamos a Bíblia não se tornam Testemunhas de Jeová. * O nosso objetivo é mostrar o que a Bíblia ensina. Depois, você pode decidir o que quer fazer. Sabemos que religião é um assunto pessoal. — Josué 24:15.

Posso usar a minha Bíblia durante o estudo?

Sim. Não há nenhum problema de estudar usando a sua própria Bíblia. Com quase todas as Bíblias é possível conhecer a mensagem de esperança e de salvação de Deus. Nós gostamos de usar aTradução do Novo Mundo da Bíblia Sagradaque tem uma linguagem moderna. Se você desejar, vamos dar uma para você sem cobrar nada.

Por que vocês estudam a Bíblia com pessoas de outras religiões?

  • Acima de tudo, porque amamos a Jeová Deus. Ele quer que os cristãos ensinem a outros o que aprenderam. (Mateus 22:37, 38;28:19, 20) Para nós, não há nada melhor do que ser “colaboradores de Deus” e ajudar outras pessoas a aprender sobre a Bíblia. — 1 Coríntios 3:6-9.
  • Também porque amamos as outras pessoas. (Mateus 22:39) Ficamos muito felizes por dividir com outros as coisas maravilhosas que nós aprendemos. — Atos 20:35.

De quem é a culpa?

Se Deus não é o culpado pelo sofrimento, então por que o mundo está cheio de guerras violentas, doenças terríveis, desastres naturais, fo...