sábado, 27 de janeiro de 2018

Jesus é Deus?



NA OPINIÃO de muitos, a Trindade é “a doutrina central da religião cristã”. Segundo esse ensino, o Pai, o Filho e o espírito santo são três pessoas num só Deus. O cardeal John O’Connor disse o seguinte sobre a Trindade: “Sabemos que é um mistério muito profundo, que ainda nem começamos a entender.” Por que é tão difícil entender a Trindade?
The Illustrated Bible Dictionary (Dicionário Bíblico Ilustrado) apresenta uma razão. Falando sobre a Trindade, essa obra admite: “Não é uma doutrina bíblica no sentido de que ela não aparece textualmente na Bíblia.” Visto que a Trindade “não é uma doutrina bíblica”, os trinitários têm tentado desesperadamente achar textos bíblicos, até mesmo distorcendo-os, para apoiar seu ensino.

Um texto que ensina a Trindade?

Um exemplo de um versículo bíblico que muitas vezes é mal usado éJoão 1:1. Na Nova Versão Internacional esse versículo diz: “No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus [em grego, ton the·ón], e a Palavra era Deus [the·ós].” Esse versículo contém duas formas do substantivo grego the·ós (deus). A primeira é precedida deton (o), uma forma do artigo definido grego. Nesse caso a palavrathe·ón se refere ao Deus Todo-Poderoso. Mas na segunda ocorrência de the·ós, não há artigo definido. Será que ele foi incorretamente deixado de fora?
Por que é tão difícil entender a doutrina da Trindade?
O Evangelho de João foi escrito em coiné, ou grego comum, que tem regras específicas para o uso do artigo definido. O erudito bíblico A. T. Robertson reconhece que, se tanto o sujeito como o predicado tiverem artigos,  “ambos são definidos, considerados idênticos, iguais e intercambiáveis”. Robertson cita como exemplo Mateus 13:38, que diz: “O campo [em grego, ho a·grós] é o mundo [em grego, ho kósmos].” Essa estrutura gramatical permite-nos entender que o mundo também é o campo.
O que dizer, porém, se o sujeito tiver um artigo definido, mas o predicado não, como em João 1:1? Citando esse versículo como exemplo, o erudito James Allen Hewett enfatiza: “Numa construção assim, o sujeito e o predicado não são os mesmos, nem são iguais, idênticos ou algo parecido.”
Para exemplificar, Hewett usa 1 João 1:5, que diz: “Deus é luz.” Em grego, “Deus” é ho the·ós e, portanto, tem artigo definido. Mas fospara “luz” não é precedido de nenhum artigo. Hewett explica: “É sempre possível . . . identificar Deus com a luz, mas nem sempre é possível dizer que a luz é Deus.” Encontramos exemplos semelhantes em João 4:24, “Deus é Espírito” e em 1 João 4:16, “Deus é amor”. Nesses dois versículos, os sujeitos têm artigo definido, mas os predicados “Espírito” e “amor”, não têm. Portanto, os sujeitos e os predicados não são intercambiáveis. Desses versículos não se pode concluir que “Espírito é Deus” ou que “amor é Deus”.

Identidade ou característica da “Palavra”?

Muitos eruditos em grego e tradutores da Bíblia reconhecem que João 1:1 não destaca a identidade da “Palavra”, mas uma característica da “Palavra”. William Barclay, tradutor bíblico, diz: “Visto que [o apóstolo João] não usa artigo definido antes da palavra theos, ela se torna uma descrição . . . João não está aqui identificando a Palavra como sendo Deus. Expresso de modo simples, ele não diz que Jesus é Deus.” O erudito Jason David BeDuhn também declara: “Em grego, quando não se usa o artigo antes de theos numa frase como a de João 1:1c, os leitores entendem que se quer dizer ‘um deus’. . . . O fato de não ter artigo faz com que theos tenha um sentido bem diferente de ho theos,que tem artigo definido, assim como em inglês [e em português] ‘um deus’ é bem diferente de ‘Deus’.” BeDuhn acrescenta: “Em João 1:1, a Palavra não é o Deus único e exclusivo, mas é um deus, ou um ser divino.” Ou, conforme expressou Joseph Henry Thayer, um erudito que trabalhou na American Standard Version (Versão Americana Padrão), “o Logos [ou Palavra] era divino, não o próprio Ser divino”.
Jesus fez uma clara distinção entre ele e seu Pai
Será que a identidade de Deus precisa ser “um mistério muito profundo”? Para Jesus não era. Numa oração ao seu Pai, Jesus fez uma clara distinção entre ele e seu Pai, quando disse: “Isto significa vida eterna, que absorvam conhecimento de ti, o único Deus verdadeiro, e daquele que enviaste, Jesus Cristo.” (João 17:3) Se acreditarmos nessas palavras de Jesus e entendermos os ensinos claros da Bíblia, nós o respeitaremos pelo que ele realmente é: o Filho divino de Deus. E adoraremos a Jeová como “o único Deus verdadeiro”.

Devemos acreditar na Trindade?

Mais de 2 bilhões de pessoas afirmam ser cristãs. A maioria pertence a igrejas que ensinam a Trindade. Essa doutrina afirma que o Pai, o Filho e o espírito santo compõem um só Deus. Como a Trindade se tornou uma doutrina oficial? Mais importante ainda, esse ensinamento está na Bíblia?
A ESCRITA da Bíblia terminou no primeiro século EC. Mais de 200 anos depois, em 325 EC, conceitos que formam a base da Trindade começaram a ser oficialmente apresentados num concílio realizado na cidade de Niceia, na Ásia Menor, atual Iznik, Turquia. Segundo a New Catholic Encyclopedia (Nova Enciclopédia Católica), o credo supostamente redigido no Concílio de Niceia criou a primeira definição oficial da ‘ortodoxia cristã’, incluindo a definição de Deus e de Cristo. Mas por que decidiram definir a identidade de Deus e de Cristo séculos depois de a Bíblia ter sido completada? Será que ela deixa alguma dúvida sobre esse assunto?

JESUS É DEUS?

Quando Constantino se tornou o governante supremo do Império Romano, professos cristãos tinham opiniões diferentes sobre a relação entre Deus e Cristo. Será que Jesus era Deus? Ou ele foi criado por Deus? Para resolver a questão, Constantino convocou todos os líderes da Igreja para uma reunião em Niceia, não porque desejasse encontrar a verdade bíblica, mas porque queria evitar que questões religiosas dividissem seu império.
“Para nós há um só Deus, o Pai.” — 1 Coríntios 8:6Almeida Revista e Atualizada
Constantino pediu que as centenas de bispos ali presentes chegassem a um acordo unânime. Mas seu pedido não foi atendido. Ele então sugeriu que o concílio adotasse a ideia ambígua de que Jesus era “da substância” (homoousios) do Pai. Esse termo que não aparece em nenhum lugar na Bíblia, mas tem sua origem na filosofia grega, formou a base da doutrina da Trindade que mais tarde foi incluída no credo da Igreja. Por volta do fim do quarto século, a doutrina da Trindade já existia na forma que conhecemos hoje, incluindo o espírito santo como a suposta terceira parte da divindade.

POR QUE VOCÊ DEVERIA SE INTERESSAR?

Jesus disse que “os verdadeiros adoradores adorarão o Pai com . . . verdade”. (João 4:23) Essa verdade está registrada na Bíblia. (João 17:17) Será que a Bíblia ensina que o Pai, o Filho e o espírito santo são três pessoas em um só Deus?
 Primeiro, a Bíblia não menciona a palavra “Trindade”. Segundo, Jesus nunca disse que era igual a Deus. Na verdade, Jesus adorava a Deus. (Lucas 22:41-44) Um terceiro aspecto a se levar em conta é a relação de Jesus com seus seguidores. Mesmo depois de sua ressurreição para a vida espiritual, Jesus chamou seus seguidores de “meus irmãos”. (Mateus 28:10) Então, será que isso queria dizer que os discípulos eram irmãos do Deus Todo-Poderoso? Claro que não! Mas, por meio da fé em Cristo — o filho primogênito de Deus —, eles se tornaram filhos do mesmo Pai. (Gálatas 3:26) Compare mais alguns textos bíblicos com a seguinte declaração do chamado credo do Concílio de Niceia.
O Credo de Niceia diz:
“Cremos . . . em um só Senhor Jesus Cristo . . . da substância do Pai; Deus de Deus, Luz de Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro.”
A Bíblia diz:
  • “O Pai é maior do que eu [Jesus].” — João 14:28. *
  • Eu [Jesus] “subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus”. — João 20:17.
  • “Para nós há um só Deus, o Pai.” — 1 Coríntios 8:6.
  • “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.” — 1 Pedro 1:3.
  • “Estas coisas diz o Amém [Jesus], . . . o princípio da criação de Deus.” — Revelação (Apocalipse) 3:14. *

Maria é a mãe de Deus?

A resposta da Bíblia

Não, a Bíblia não ensina que Maria é a mãe de Deus, nem mesmo dá a entender que os cristãos devem adorá-la. * Veja por quê:
  • Maria nunca disse que era a mãe de Deus. A Bíblia explica que ela deu à luz o “Filho de Deus”, e não ao próprio Deus. — Marcos 1:1;Lucas 1:32.
  • Jesus Cristo nunca disse que Maria era a mãe de Deus ou que ela merecia ser adorada. Na verdade, Jesus corrigiu uma mulher que destacou o privilégio de Maria como mãe do Cristo. Ele disse: “Não, em vez disso, felizes os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática!”— Lucas 11:27, 28.
  • Os títulos “Mãe de Deus” e “Theotokos” (genitora de Deus) não estão na Bíblia.
  • Na Bíblia, a expressão “Rainha do Céu” não se refere a Maria, mas a uma deusa falsa que israelitas apóstatas adoravam. (Jeremias 44:15-19) A “Rainha do Céu” pode ter sido Istar (Astarte), uma deusa babilônica.
  • Os primeiros cristãos não adoravam Maria e não a tratavam de forma especial. Um historiador relata que aqueles cristãos “rejeitavam cultos e provavelmente tinham medo de que dar atenção indevida a Maria pudesse fazer outros pensar que eles estavam adorando a ela”. — Em Busca de Maria, a Judia. *
  • A Bíblia diz que Deus sempre existiu. (Salmo 90:1, 2; Isaías 40:28) Então, como ele não teve começo, não pode ter uma mãe. Além do mais, Maria não poderia ter carregado Deus em seu útero, pois a Bíblia diz que nem mesmo os céus podem contê-lo. — 1 Reis 8:27.

Maria — A mãe de Jesus e não a “Mãe de Deus”

Maria era judia de nascença, descendente direta do rei Davi. (Lucas 3:23-31) Por causa da fé e devoção de Maria, Deus tinha muita consideração por ela. (Lucas 1:28) Deus a escolheu para ser mãe de Jesus. (Lucas 1:31, 35Ela e José, seu marido, tiveram outros filhos. — Marcos 6:3.
A Bíblia diz que Maria era discípula de Jesus, mas não dá muitas outras informações sobre ela. — Atos 1:14.

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Está pondo em prática “a sabedoria de cima”?

1-3. (a) Como Salomão demonstrou sabedoria extraordinária no modo como resolveu uma disputa entre duas mulheres? (b) O que Jeová promete nos dar? Que perguntas surgem?
ERA um caso difícil: duas mulheres discutiam por causa de um bebê. Elas viviam na mesma casa e, com poucos dias de diferença, cada uma havia dado à luz um filho. Um dos bebês morrera e agora cada mulher afirmava ser a mãe do que estava vivo. * Não havia testemunhas do acontecido. Possivelmente, o caso já havia sido apresentado a um tribunal de menor instância, mas não se chegara a um veredicto. Por fim, a disputa foi levada a Salomão, rei de Israel. Será que ele conseguiria descobrir a verdade?
Depois de escutar um pouco a discussão das mulheres, Salomão pediu uma espada. Daí, aparentemente cheio de convicção, ordenou que a criança fosse cortada em duas partes e que se desse metade a cada uma das mulheres. Imediatamente, a mãe verdadeira implorou que o rei desse o bebê — seu querido filho — à outra mulher, que insistia que a criança fosse cortada em dois. Salomão descobrira a verdade. Ele sabia da compaixão e do carinho que uma mãe sente pelo filho que carregou no ventre e usou esse conhecimento para resolver a disputa. Imagine o alívio da mãe quando Salomão lhe entregou seu bebê e disse: “Ela é sua mãe.” — 1 Reis 3:16-27.
Que sabedoria extraordinária, não concorda? Quando as  pessoas souberam como Salomão resolvera o caso, ficaram assombradas, “pois viram que havia nele a sabedoria de Deus”. De fato, a sabedoria de Salomão era uma dádiva divina. Jeová lhe concedera “um coração sábio e entendido”. (1 Reis 3:12, 28) E nós? Será que também podemos receber a sabedoria divina? Sim, porque sob inspiração Salomão escreveu: “O próprio Jeová dá sabedoria.” (Provérbios 2:6) Jeová promete dar sabedoria — a habilidade de usar bem o conhecimento, o entendimento e o discernimento — a todos que a buscam com sinceridade. Como podemos obter a sabedoria de cima? E como podemos aplicá-la na vida?

Como ‘adquirir sabedoria’?

4-7. Quais são quatro requisitos para adquirir sabedoria?
Precisamos de inteligência extraordinária ou de muita instrução para receber a sabedoria divina? Não. Jeová está disposto a partilhá-la conosco não importa qual seja a nossa formação ou quanto estudo tenhamos. (1 Coríntios 1:26-29) Mas temos de tomar a iniciativa, porque a Bíblia nos incentiva a ‘adquirir sabedoria’. (Provérbios 4:7) Como podemos fazer isso?
Primeiro, é preciso temer a Deus. “O temor de Jeová é o início da sabedoria [“o primeiro passo para a sabedoria”, The New English Bible]”, diz Provérbios 9:10. O temor de Deus é a base da sabedoria verdadeira. Por quê? Lembre-se de que a sabedoria envolve a habilidade de usar com êxito o conhecimento. Temer a Deus não significa encolher-se de medo diante dele, mas curvar-se com assombro, respeito e confiança. Esse temor é saudável e nos motiva a harmonizar nossa vida com o conhecimento da vontade e dos modos de Deus. Essa é a maneira mais sensata de agir, pois as normas de Jeová sempre resultam nos maiores benefícios para os que as seguem.
Em segundo lugar, precisamos ser humildes e modestos.  Essas qualidades são vitais para se obter sabedoria divina. (Provérbios 11:2) Por quê? Se formos humildes e modestos, estaremos dispostos a admitir que não temos resposta para tudo, que nossas opiniões nem sempre são corretas e que precisamos saber qual é o conceito de Jeová sobre os assuntos. “Deus opõe-se aos soberbos”, mas alegremente dá sabedoria aos humildes de coração. — Tiago 4:6.
Para obter sabedoria divina, temos de nos esforçar para buscá-la
Um terceiro fator essencial é estudar a Palavra escrita de Deus, visto que a sabedoria divina é revelada nela. Para obter essa sabedoria, temos de nos esforçar para buscá-la. (Provérbios 2:1-5) Um quarto requisito é a oração. Se formos sinceros ao pedir sabedoria a Deus, ele a dará generosamente. (Tiago 1:5) Se solicitarmos a ajuda do Seu espírito em oração, ele sem dúvida responderá. O espírito de Jeová nos orientará para que encontremos os tesouros da sua Palavra que nos ajudarão a resolver problemas, evitar perigos e tomar decisões sábias. — Lucas 11:13.
8. Se realmente adquirimos sabedoria divina, em que isso ficará óbvio?
Como mencionamos no Capítulo 17, a sabedoria de Jeová é prática. Assim, se realmente a adquirimos, isso ficará óbvio no modo como nos comportamos. O discípulo Tiago descreveu os frutos da sabedoria divina: “A sabedoria de cima é primeiramente casta, depois pacífica, razoável, pronta para obedecer, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, sem hipocrisia.” (Tiago 3:17) Ao analisarmos cada um desses aspectos da sabedoria divina, podemos nos perguntar: ‘Será que estou pondo em prática na vida a sabedoria de cima?’

Sabedoria divina para a vida diária

O livro de Provérbios é uma compilação de conselhos inspirados, feita na maior parte por Salomão, que dão orientações para a vida diária
É JEOVÁ um Governante sábio? Uma maneira decisiva de responder a essa pergunta é por considerar os conselhos que ele dá. São práticos? Será que aplicá-los torna a vida melhor ou mais significativa? O sábio Rei Salomão escreveu centenas de provérbios. Eles fazem menção de praticamente todos os assuntos da vida. Veja alguns exemplos.
Confiar em Deus. A confiança é fundamental para ter uma boa relação com Jeová. Salomão escreveu: “Confia em Jeová de todo o teu coração e não te estribes na tua própria compreensão. Nota-o em todos os teus caminhos, e ele mesmo endireitará as tuas veredas.” (Provérbios 3:5, 6) Confiar em Deus por buscar a sua orientação e obedecê-Lo acrescenta profundo significado à vida. Agindo assim, um ser humano pode alegrar o coração de Jeová e fornecer-Lhe uma resposta às questões levantadas por Seu adversário, Satanás. — Provérbios 27:11.
Sabedoria nos tratos com outros. Os conselhos de Deus para maridos, esposas e filhos são hoje mais oportunos do que nunca. “Alegra-te com a esposa da tua mocidade”, Deus aconselha ao marido, instruindo-o a permanecer fiel à esposa. (Provérbios 5:18-20) Mulheres casadas encontram no livro de Provérbios uma brilhante descrição da esposa capaz que conquista a admiração do marido e dos filhos. (Provérbios, capítulo 31) E os filhos são orientados a obedecer aos pais. (Provérbios 6:20) O livro mostra também que ter amizades é vital e que o isolamento gera egoísmo. (Provérbios 18:1) Os amigos podem nos influenciar para o bem ou para o mal, de modo que devemos escolhê-los sabiamente. — Provérbios 13:20; 17:17.
Ser sábio consigo mesmo. O livro de Provérbios contém conselhos inestimáveis sobre evitar o abuso de álcool, desenvolver emoções sadias e combater as destrutivas, e ser um trabalhador diligente. (Provérbios 6:6; 14:30; 20:1) Alerta que é desastroso confiar em conceitos humanos contrários aos de Deus. (Provérbios 14:12) Exorta a proteger o íntimo, o coração, contra as influências corrompedoras, lembrando-nos de que “[do coração] procedem as fontes da vida”. — Provérbios 4:23.
Milhões de pessoas em todo o mundo descobriram que aplicar esses conselhos contribui para uma vida melhor. Por isso, têm amplas razões para aceitar a Jeová como Governante.
— Baseado no livro de Provérbios.

Por que examinar a Bíblia?

Você conhece bem a Bíblia? Essa obra sem igual é, de longe, o livro de maior circulação da História. Pessoas de todas as culturas reconhecem que sua mensagem é fonte de consolo e esperança e que seus conselhos são práticos para a vida diária. No entanto, muitos hoje sabem pouco a respeito da Bíblia. Seja você religioso ou não, talvez queira saber mais sobre ela. Esta brochura foi preparada para dar-lhe uma visão geral da Bíblia.
ANTES de pegar uma Bíblia e começar a lê-la, será útil saber algo a respeito da composição básica desse livro. Também conhecida como Escrituras Sagradas, a Bíblia é na realidade uma coleção de 66 livros, ou seções, que começa em Gênesis e termina em Revelação, ou Apocalipse.
Quem é o autor da Bíblia? Essa é uma pergunta intrigante. Na realidade, as Escrituras foram produzidas por uns 40 homens durante um período de cerca de 1.600 anos. Notavelmente, esses homens não reivindicaram para si a autoria da Bíblia. Um dos escritores registrou: “Toda a Escritura é inspirada por Deus.” (2 Timóteo 3:16) Outro escritor disse: “Foi o espírito de Jeová que falou por meu intermédio, e a sua palavra estava na minha língua.” (2 Samuel 23:2) Assim, os escritores afirmaram que o Autor da Bíblia é Jeová Deus, o Supremo Governante do Universo. Esses escritores revelam que Deus quer que os humanos o conheçam.
Para entender a Bíblia, porém, algo mais é necessário. As Escrituras têm um tema geral: a vindicação do direito de Deus governar a humanidade por meio de seu Reino celestial. Nas páginas seguintes, você verá como esse é um tema recorrente de Gênesis a Revelação.
Com isso em mente, considere agora a mensagem contida no livro mais conhecido do mundo, a Bíblia.

Será que a Bíblia ainda é útil?

ALGUNS DIZEM QUE NÃO. Para eles, a Bíblia é totalmente desatualizada. Alguém talvez pergunte: “Quem vai usar o manual de um computador que nem existe mais para aprender a usar um computador de última geração?” Já um médico disse que usar a Bíblia para ter orientação é o mesmo que usar um livro dos anos 1920 para aprender ciência.
Com tantas maneiras modernas de receber orientação, por que alguém usaria um livro tão antigo como a Bíblia? Afinal, a internet está cheia de sites e blogs que trazem os últimos conselhos e orientações. Além disso, não faltam programas de TV com dicas de psicólogos, especialistas e escritores. E livros e mais livros de autoajuda alimentam um comércio de bilhões de dólares.
Com tantas informações novas a cada minuto, por que usar a Bíblia para nos orientar, um livro que foi terminado quase 2 mil anos atrás? Será que os que duvidam da Bíblia têm razão ao dizer que usar um livro tão antigo é como usar um manual ou um livro desatualizados? Na verdade, essa comparação não funciona. A ciência e a tecnologia mudam rapidamente, mas as necessidades humanas não mudaram. As pessoas ainda querem ter um objetivo na vida, ter felicidade e segurança, ter bons amigos e uma família feliz.
Por mais antiga que seja, a Bíblia fala sobre essas necessidades e muito mais. Ela também diz que vem do Criador. Ela nos orienta em todos os aspectos da vida e nos ajuda a lidar com os desafios que a vida apresenta. (2 Timóteo 3:16, 17) Seus conselhos não têm prazo de validade, nunca ficam ultrapassados! A própria Bíblia diz: “A palavra de Deus é viva.” — Hebreus 4:12.
Será que tudo isso que a Bíblia diz é verdade? Ela é um livro ultrapassado ou é o livro mais útil que existe, um livro que nos ensina a viver? Este número especial de A Sentinela vai ajudar você a encontrar a resposta a essas perguntas.

De quem é a culpa?

Se Deus não é o culpado pelo sofrimento, então por que o mundo está cheio de guerras violentas, doenças terríveis, desastres naturais, fo...