Pelo visto, depois de ser dispensado por Jesus da refeição pascoal, Judas foi direto aos principais sacerdotes. (João 13:27)
Eles reuniram seus guardas e um grupo de soldados. Talvez Judas os
tenha levado primeiro à sala do andar de cima onde Jesus e os apóstolos
celebraram a Páscoa. Agora a turba atravessa o vale do Cédron em direção
ao jardim. Além das armas, eles carregam lâmpadas e tochas, e estão
decididos a encontrar Jesus.
Judas
tem certeza de que sabe onde encontrar Jesus ao conduzir a multidão
pelo monte das Oliveiras. Jesus e os apóstolos viajaram várias vezes
entre Betânia e Jerusalém. Nessas viagens, eles costumavam parar no
jardim de Getsêmani. Agora é noite, e talvez Jesus esteja numa parte bem
escura do jardim, entre as oliveiras. Como os soldados, que talvez
nunca viram Jesus, vão conseguir identificá-lo? Para ajudá-los, Judas
dará um sinal. Ele diz: “Aquele que eu beijar é ele; prendam-no e
levem-no embora sob vigilância.” — Marcos 14:44.
Conduzindo
a multidão pelo jardim, Judas vê Jesus com os apóstolos e vai direto a
ele. Judas diz: “Olá, Rabi!” Então o beija ternamente. Jesus pergunta:
“Amigo, com que objetivo você está aqui?” (Mateus 26:49, 50) Respondendo à própria pergunta, Jesus diz: “Judas, você está traindo o Filho do Homem com um beijo?” (Lucas 22:48) E Jesus se volta para a multidão.
Ele
se aproxima das tochas e das lâmpadas, e pergunta: “Quem vocês estão
procurando?” Da multidão vem a resposta: “Jesus, o Nazareno.” Jesus
corajosamente diz: “Sou eu.” (João 18:4, 5) Surpresos, os homens caem no chão.
Em
vez de aproveitar a escuridão para fugir, Jesus mais uma vez pergunta
quem estão procurando. Quando dizem novamente “Jesus, o Nazareno”, ele
diz de modo calmo: “Eu lhes disse que sou eu. Então, se é a mim que
vocês estão procurando, deixem estes homens ir.” Até nesse momento
decisivo, Jesus se lembra do que disse antes, que não perderia nenhum
dos seus discípulos. (João 6:39; 17:12) Ele protegeu seus apóstolos fiéis e nenhum deles foi perdido, “exceto o filho da destruição”, Judas. (João 18:7-9) Assim, agora ele pede que deixem seus fiéis seguidores ir embora.
Quando
os soldados se levantam e vão em direção a Jesus, os apóstolos entendem
o que está acontecendo. Eles perguntam: “Senhor, devemos atacá-los com a
espada?” (Lucas 22:49)
Antes que Jesus possa responder, Pedro pega uma das duas espadas que
trouxeram. Ele ataca Malco, um escravo do sumo sacerdote, cortando-lhe a
orelha direita.
Jesus toca na orelha de Malco, curando o ferimento. Então ensina uma importante lição a Pedro: “Devolva a espada ao seu lugar,
pois todos os que tomarem a espada morrerão pela espada.” Jesus está
disposto a ser preso, pois explica: “Como se cumpririam as Escrituras
que dizem que as coisas têm de acontecer deste modo?” (Mateus 26:52, 54) Ele acrescenta: “Por acaso não devo beber o cálice que o Pai me deu?” (João 18:11) Jesus aceita a vontade de Deus para ele, estando disposto até a morrer.
Ele
pergunta à multidão: “Vocês vieram me prender com espadas e bastões,
como se eu fosse um bandido? Dia após dia eu ficava sentado no templo,
ensinando; contudo, vocês não me prenderam. Mas tudo isso aconteceu para
que se cumprissem os escritos dos profetas.” — Mateus 26:55, 56.
Os
soldados, o comandante militar e os guardas enviados pelos judeus
agarram Jesus e o prendem. Quando veem isso, os apóstolos fogem. No
entanto, “um jovem”, talvez o discípulo Marcos, fica entre a multidão
para poder acompanhar Jesus. (Marcos 14:51) Quando esse jovem é reconhecido, a multidão tenta prendê-lo, e isso o leva a fugir deixando para trás sua roupa de linho.
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